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Moção de repudio à reintegração de posse da praça dos ciclistas. Apoio ao Acampa Sampa!

Nós, estudantes da Universidade de São Paulo, repudiamos a reintegração de posse da praça dos ciclistas na Avenida Paulista, que está sendo ocupada pelo grupo Acampa Sampa desde o dia 23 de novembro, para se integrar à Marcha Continental pela Educação no dia 24.

No dia 25 de novembro, queria-se acionar esta reintegração ordenada pelo Governador Gerardo Alckmin, para o que chamou a Polícia Militar e a tropa de choque comandada pelo Capitão Del Vecchio, esperando agir terminado este fim de semana.

Clamamos pela liberdade de expressão que se manifesta na comunidade na ocupação dos espaços públicos, e pela não criminalização dos movimentos sociais que são perseguidos pelo Estado e suas forças militares.
Hoje, Sábado às 20h se realizará uma aula pública com os ex presos políticos da USP na praça.

Apoiamos a Ocupa Sampa, tua luta é nossa luta!

Estudantes da Universidade de São Paulo.
26 de novembro de 2011.

Aula Pública com os presos políticos da USP – HOJE

Hoje às 20 horas na Praça do Ciclista (AV. Paulista com a Av. Consolação) teremos mais uma aula/debate público no #OcupaSampa!

@s pres@s políticos da USP foram convidados para uma conversa aberta e franca sobre como foi a repressão policial durante o processo de reintegração de posse da Reitoria da USP. Os movimentos sociais estão sofrendo cada vez mais um processo de criminalização e precisamos dizer NÃO a isso.

Por isso o Acampa | Ocupa Sampa acredita que a luta dos estudantes da USP pela retirada da Polícia Militar do Campus é também uma luta nossa. A polícia que reprime na Universidade é a mesma que mata jovens negros na periferia, que reprime movimentos sociais e por isso precisamos debater suas ações.

Ontem o Acampa Sampa foi pressionado pela Tropa de Choque durante a madrugada para que retirasse as barracas. Hoje seguimos e seguiremos na resistência! Precisamos de todxs nossos amigxs unidxs na luta.

20hrs na Av. Paulista ocupada!

https://www.facebook.com/events/201126009967055/

 

 

"Você não me quer como aluno da USP" (Artigo)

Não sou “vagabundo”, não fumo maconha no campus. Mas você não me quer como aluno da USP. Fazendo o que eu faço atualmente, estou simplesmente colocando seu precioso dinheiro no bolso. Com o conhecimento que adquiro nas salas de aula, faço uso somente em meu benefício, pois consigo um emprego melhor, um bônus melhor no final do ano, mais lucro para meu empregador. Mas ainda assim muitos acham que me querem como aluno da USP.

Leia aqui: http://blog.filipesaraiva.info/?p=436

AcamPsi – Acampada na Faculdade de Psicologia da USP

Desde a última quarta-feira, dia 09.11.11, o pessoal da Faculdade de Psicologia da USP montou um pequeno acampamento ao lado do prédio das salas de aula do curso. Está bem bonito e já iniciaram algumas aulas públicas, hoje vai ter uma delas com vários professores juntos. Incrível!

Veja as fotos:

Nota pública dos presos políticos da USP

Nota pública dos presos políticos da USP
São Paulo, 08 de novembro de 2011 – 14h15

Nós, estudantes da USP, que lutamos contra a polícia na universidade e pela retirada dos processos administrativos contra estudantes e trabalhadores, viemos por meio desta nota pública, denunciar a ação da tropa de choque e da polícia militar na madrugada do dia 8/11.
Numa enorme demonstração de intransigência em meio ao período de negociação e na calada da noite, a reitoria foi responsável pela ação da tropa de choque da PM que militarizou a universidade numa repressão sem precedentes. Num operativo com 400 homens, cavalaria, helicópteros, carros especializados e fechamento do Portão 1 instalou-se um clima de terror, que lembrou os tempos mais sombrios da ditadura militar em nosso pais.
Resistimos e nos obrigaram a entrar em salas escuras, agrediram estudantes, filmaram e fotografaram nossos rostos (homens sem farda nem identificação). Levaram todas as mulheres (24) para uma sala fechada, obrigando-as a sentarem no chão e ficarem rodeadas por policiais homens com cacetetes nas mãos. Levaram uma das estudantes para a sala ao lado, que gritou durante trinta minutos, levando-nos ao desespero ao ouvir gritos como o das torturas que ainda seguem impunes em nosso país. Tudo isso demonstra o verdadeiro caráter e o papel do convênio entre a USP e a polícia militar.
A ditadura vive na USP. Tropa de choque, polícia militar, perseguições a estudantes e trabalhadores, demissão de dirigentes sindicais, espionagem contra ativistas e estudantes, repressão através de consultas psiquiátricas aos moradores do CRUSP (moradia estudantil).
Nós, que estamos desde as 5h sob cárcere e controle dos policias, chamamos todos a se manifestarem contra a prisão de 73 estudantes e trabalhadores por lutarem com métodos legítimos por seus direitos.
Responsabilizamos o reitor Joao Grandino Rodas, e toda a sua burocracia acadêmica e o governador do estado de SP Geraldo Alckmin, junto ao seu secretário de segurança pública, por toda a repressão dessa madrugada. Reafirmamos nossa luta contra a polícia, dentro e fora da universidade, que reprime a população pobre e trabalhadora todos os dias.

Fora PM! Revogação do convênio! Retirada dos processos! Liberdade aos presos políticos!

Uma aula de Crise (artigo sobre a operação de terror na #USP)

A crise na Universidade de São Paulo acaba de ganhar certos ingredientes que podem transformá-la em uma grande dor de cabeça para o governador Geraldo Alckmin. A releitura dos fatos, conforme foram publicados pela imprensa paulista na última semana, dá uma idéia bem mais clara do problema do que o primeiro olhar sobre as reportagens, feito no calor do dia.

Continue lendo aqui: http://observatoriodaimprensa.com.br/news/view/uma_aula_de_crise

Relato de jornalista do Jornal do Campus sobre a operação de guerra na #USP

A aluna de Comunicação Social Shayene Metri, redatora da publicação interna Jornal do Campus, revela a ação truculenta da Polícia Militar paulista e a cumplicidade de setores da mídia conservadora contra os manifestantes.

http://correiodobrasil.com.br/estudante-presencia-truculencia-da-pm-paulista-na-desocupacao-de-reitoria-da-usp/325796/

Vídeos sobre a operação militar na #USP

Se você não estava lá, não faz idéia do que foi aquilo.

Gás lacrimogêneo no CRUSP
http://www.youtube.com/watch?v=LSwrqEiVOv4&feature=youtu.be

CRUSP cercado
http://www.youtube.com/watch?v=urYLED8rubc&feature=related

Ação Policial
http://www.youtube.com/watch?v=zP3iKI9uiWs&feature=related

Quem tem mais vídeos, por favor, mande o link pra: 15osp@riseup.net que nós publicamos aqui no blog.

Relato sobre a Operação de Guerra dentro da #USP

Abaixo link do Centro de Mídia Independente com o relato sobre a operação de guerra do exército do governador do estado dentro da Universidade de São Paulo (USP).
http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2011/11/499798.shtml

O Carlos Henrique já foi localizado. Segue abaixo seu esclarecimento:

“Camaradas, amigos e conhecidos:

Antes de mais nada peço desculpas a todos pelo transtorno. Fico até envergonhado de escrever depois de ter noção do fato gerado pela minha irresponsabilidade.

Agradeço a atenção e preocupação de todos com minha pessoa. Eu sumi porque estava doente e fiquei incomunicável, isto é, sem celular e internet, durante esses dias. Inclusive, ao saber dos fatos ocorridos na USP durante esse meio tempo de ausência (de domingo até hoje pela manhã), vim correndo pra universidade.

Agora, de volta, chamo todos a organizarem a greve geral da USP. Precisamos manter o espírito de luta, a organização e defender a universidade pública. No momento, essa luta passa por defender a sua autonomia, exigindo a retirada da PM do campus e defendendo os estudantes vítimas da repressão policial na terça-feira última”

Nota de Repúdio às ações policiais ocorridas nesta semana em SP

Ocupa Sampa vem a público manifestar repúdio às ações policiais que se intensificaram em São Paulo nos últimos dias.

A ação da Polícia contra os camelôs

Nesta semana, a população paulistana acompanhou a ação violenta da Polícia Militar contra as manifestações dos camelôs no centro de São Paulo. A ação transformou as ruas em palco de uma verdadeira guerra. De um lado a Polícia Militar armada, e de outro, trabalhadores informais com uma palavra de ordem: “Queremos trabalhar”.

A repressão é uma tentativa de criminalizar o vendedor ambulante e de criminalizar o direito constitucional ao trabalho e à manifestação. As manifestações dos trabalhadores ambulantes são legítimas e não podem ser passíveis de violência por parte do Estado. Dentro de uma democracia, nenhuma lei municipal ou estadual pode se sobrepor às garantias constitucionais de manifestação.

Os trabalhadores estão questionando a ordem econômica excludente. Por falta de trabalho, são obrigados a vender nas ruas os produtos das grandes empresas e das corporações. Nas ações policiais, tanto de apreensão quanto de repressão, a destruição das mercadorias representa perdas somente para os trabalhadores, enquanto os lucros estão assegurados às empresas e às corporações.

A existência do trabalho informal mostra, de maneira explícita, como o sistema econômico nunca funcionou para grande parte da população.

A ação da Polícia contra os estudantes da USP

Nesta quinta-feira (27/10), a incursão da Polícia Militar na Universidade de São Paulo (USP) escancarou os verdadeiros interesses de um pequeno grupo de poderosos. Os espaços da universidade são historicamente locais de resistência aos regimes não democráticos e que violam os direitos humanos.

Diz-se que a presença da PM no Campus tem como pretexto a defesa da integridade dos estudantes e trabalhadores. Não é verdade! A presença da Polícia Militar na USP tem como objetivo criminalizar o livre pensamento, vigiar e perseguir estudantes e trabalhadores, restringir espaços livres e democráticos, além de reprimir qualquer iniciativa que se coloque contra o atual projeto de privatização da universidade.

A ação policial na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas(FFLCH) não foi uma ação pontual, a polícia vêm reprimindo estudantes e trabalhadores em vários departamentos da universidade, entre eles a ECA e a Poli.

A presença da PM no Campus e seus verdadeiros interesses precisam debatidos entre a comunidade acadêmica e a sociedade. A universidade possui uma relação mútua com a sociedade. A PM no campus não é um assunto somente da esfera acadêmica, é assunto de toda a sociedade. Por isso, o livre acesso da sociedade aos espaços e debates da universidade são essenciais, e é isso que a presença policial tenta coibir.

Uma polícia que reprime ideologicamente, é uma polícia que criminaliza todos os setores da sociedade que contrariam os interesses de um pequeno grupo de poderosos que não os representam.

Dizer SIM à democracia é dizer NÃO à militariação da Polícia

A repressão e a perseguição aos movimentos sociais e aos trabalhadores não terminaram com o final das ditaduras no Brasil. Tais políticas continuam vigentes, mesmo em uma suposta democracia. A Polícia Militar é um dos pilares da criminalização da pobreza, do livre pensamento e dos trabalhadores.

A estrutura de poder e a estrutura militar das polícias de todo o Brasil continuam iguais, mesmo depois da chamada abertura política. A atuação de policiais infiltrados nos movimentos sociais, por exemplo, permanece como método amplamente utilizado pelos seus órgãos de inteligência.

O militarismo, que faz as polícias se assemelharem ao Exército, é resquício direto dos regimes militares que assolaram o país durante décadas. A estrutura e hierarquia militar torna impossível o controle público sobre o uso da força policial. O Brasil é um dos únicos países do mundo a possuir polícias militares nas ruas.

A corrupção e a impunidade das forças policiais não são fruto de um problema de caráter do trabalhador policial. Elas são pautadas pela manutenção e reestabelecimento de uma ordem. A “ordem” em que o 1% da população controla os outros 99%. Por isso, os 99% dizem NÃO ao controle militar da força policial e exigem o controle público de suas ações, de forma clara e transparente.

Somos um movimento não violento e, além do repúdio ao uso de armas letais por parte dos policiais, repudiamos o uso de armamentos chamados de “não letais”, como bombas de gás, balas de borracha e cacetetes. Há diversos estudos que comprovam a letalidade de armamentos como bala de borracha ou bomba de efeito moral. Spray de pimenta é extremamente nocivo à pessoas com problemas respiratórios, além de ser abortivo, é considerado como arma de guerra pela Anistia Internacional. O uso dessas armas por parte da policia é um abuso contra a sociedade e ao direito constitucional de manifestação.

Vivemos um momento de efervecência internacional e também um momento intenso em São Paulo. É hora de gritar contra os que ignoram a existência da Constituição Federal e que reprimem os setores que promovem o debate e a construção participativa da sociedade.